quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Itália lembra 90º aniversário de Fellini


De Agencia EFE – 20.01.2010


Roma, 20 jan (EFE).- A Itália lembra nesta quarta-feira o cineasta Federico Fellini (1920-1993), diretor de clássicos como "Oito e Meio" (1963) e "Amarcord" (1973), que faria 90 anos nesta quarta-feira.


Nascido na pequena cidade de Rimini em 20 de janeiro de 1920, Fellini tentou a sorte como desenhista, jornalista e roteirista antes de se dedicar à direção.


Seu encontro com o cineasta Roberto Rossellini foi crucial para sua entrada no movimento neorrealista como auxiliar de direção em uma das obras-primas do cinema italiano, "Roma, Cidade Aberta" (1945), e depois em "Paisà" (1946).


Já como diretor, Fellini rodou "Os Boas-vidas" (1953), ambientado em sua cidade natal, e venceu o Leão de Prata do Festival de Veneza. Em 1954, conseguiria o reconhecimento internacional com "A Estrada da Vida", que recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1956.


Com "A Doce Vida" (1960), abandonou o neorrealismo para entrar de cabeça no simbolismo e esquecer a estrutura narrativa utilizada até então.

Foi em "A Doce Vida" que começou a parceria entre Fellini e o ator Marcello Mastroianni, a qual se repetiria em produções como "Oito e Meio" e "Ginger e Fred" (1986), entre outras.


Em "Oito e Meio", Mastroianni faz o papel de um diretor de cinema travado diante da câmera por meio de uma narrativa cuja linha entre o real e a fantasia é tênue.


Com "Amarcord", Fellini disseca e caricatura os personagens do povo com um vivo sentido do humor.


O diretor italiano foi agraciado em 1987 com o Prêmio do 40º Aniversário do Festival de Cinema de Cannes por seu filme "Entrevista", no qual revê sua vida cinematográfica.


Fellini morreu em 31 de outubro de 1993. Seu corpo foi velado no estudo 5 da Cinecittà, onde rodou "A Doce Vida" e no qual preparava seu trabalho "Anotações de um Diretor: o Ator".


Com a morte de Fellini, teve fim toda uma era do cinema italiano na qual o cineasta foi um dos protagonistas junto com Roberto Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti.



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